Ressurgiu dos mortos ao terceiro dia

  1. As promessas/profecias da ressurreição de Jesus
  2. As evidências/provas da ressurreição de Jesus
  3. O significado da ressurreição de Jesus
    1. O Cristianismo do NT é a verdadeira religião
    2. A Bíblia é a Palavra de Deus e verdadeira
    3. Cristo é o Senhor (Deus e Rei)
    4. Nossa alegria (por Cristo e o padrão de morte e ressurreição na nossa vida)
    5. Nossa salvação (ele venceu o pecado, a morte, o inferno e o mundo)
    6. Nossa ressurreição
    7. Nova criação inaugurada na ressurreição (alegria, esperança, confiança)
    8. O crescimento da igreja (o sangue dos mártires é a semente da igreja)
    9. Esperança para todas pequenas mortes na nossa vida (problemas, desafios, pecados)

SALMO 127

Na Bíblia a igreja é comparada a um templo. Em 1 Pe. 2 o apóstolo diz que somos como pedras vivas por intermédio de Jesus Cristo, a rocha eterna. Somos uma edificação e uma casa espiritual para Deus, onde a presença de Deus habita. A igreja é uma construção, onde cada um de nós somos uma pedra, os apóstolos as colunas, e Cristo o fundamento. O Salmo 127 diz que, se o Senhor não edificar a casa em vão trabalham os que a constroem.

A igreja está sempre em reforma, ou melhor, está sendo edificada, construída. Isso envolve continua adaptação, melhoramento. E essa é uma obra do Senhor. Ao mesmo tempo que nós trabalhamos nessa obra, enquanto trabalhamos em nós mesmos e uns nos outros, nos edificando mutuamente, seguindo a Cristo em santificação, quem dá o crescimento é o Senhor. O apóstolo Paulo afirma isso em 1 Co. 3, “Eu plantei, Apolo regou; mas Deus deu o crescimento”.

E João Calvino, o grande reformador, disse o seguinte sobre essa edificação e reforma da igreja: “A Reforma da igreja é obra de Deus, e é tão independente de esperanças e opiniões humanas quanto a ressurreição dos mortos ou qualquer milagre dessa espécie. Portanto, no que tange à possibilidade de fazer algo em favor dela, não se pode ficar esperando pela boa vontade das pessoas ou pela alteração das circunstâncias da época, mas é preciso irromper por entre o desespero. Deus quer que seu evangelho seja pregado. Vamos obedecer a esse mandamento, vamos para onde ele nos chama. O sucesso não é da nossa conta.”

Ou seja, o sucesso não depende de nós, e não devemos focar nisso. Devemos focar em sermos fiéis e perseverar.

A reforma protestante do século 16 foi um momento especial na história da igreja. Lutero não era ninguém, nem Calvino, assim como Paulo e Apolo, eram apenas servos de Deus e irmãos nossos. Mas Deus agiu(!) e as coisas mudaram. Nós não fomos glorificados ainda, não somos perfeitos, mas sem dúvida houveram avanços. Principalmente no púlpito. A reforma foi uma volta às Escrituras e a pregação do Evangelho. Mas o ponto que eu quero salientar aqui é que Deus não nos abandonou. Olhando para a situação da igreja hoje a gente até desanima, parece que não tem jeito. Mas não era tão diferente no século 16. Deus continua trabalhando. Por que não pode haver ainda grandes avanços que nós talvez nem imaginamos. Se coloca no lugar do povo cristão daquela época. Quantos deles sabiam para onde os acontecimentos estavam os levando? Nem os principais reformadores tinham o controle da situação. Eles estavam apenas tentando servir a Deus com fidelidade. Deus deu o crescimento. E Deus ainda dará o crescimento, pois a obra é dele, e “aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo”. A igreja é vitoriosa em Cristo. Estejamos certos de que a reforma não para por aqui.

O versículo primeiro ainda diz que se o Senhor não guardar a cidade em vão vigia a sentinela. A igreja é comparada a uma cidade também. E a nossa cidade é Jerusalém, a cidade de Deus. Somos a nova Jerusalém que é de origem celeste. “Alegrei-me quando me disseram vamos a casa do Senhor. Pararam os nossos pés junto às tuas portas, ó Jerusalém”. Uma cidade sobre um monte que não pode ser escondida. Também é o Senhor que guarda a cidade. Nós tentamos preservar o avanço conquistado, a santificação que alcançamos pela graça de Deus. Não queremos voltar para trás. Mas se Deus não guardar a igreja nosso trabalho é em vão.

Então o nosso trabalho é duplo. Como Neemias e os hebreus que reconstruíram os muros de Jerusalém. Eles tinham que reconstruir o muro e ao mesmo tempo vigiar contra os inimigos. Uns reformavam, outros vigiavam. Mas Deus dava o crescimento, e Deus guardava a cidade. Uns evangelizam e ensinam, outros vigiam para que o inimigo não nos destrua. Aí vemos a importância de uma fiel pregação da Palavra de Deus no púlpito e da aplicação da disciplina na vida da igreja. A pregação da Palavra nos edifica, a disciplina mantem o pecado fora da igreja.

O versículo dois dá ainda mais peso a afirmação do primeiro, de que é Deus quem trabalha por nós, quando nós trabalhamos para Ele. Deus dá aos seus enquanto dormem. Ou seja, não somos nós que vamos resolver as coisas. Não vamos avançar e corrigir os erros por nós mesmos.

O que a igreja precisa não é de revolução, mas de uma constante reforma. Revolução é quando o homem toma sobre si toda a responsabilidade da decisão e sai atropelando tudo estabelecendo algo completamente novo, algo que lhe parece o melhor. Na igreja não deve ser assim. Há coisas que vieram antes de nós, fundamentos, nos livrar deles seria tirar de baixo dos nossos pés exatamente aquilo que nos sustenta. O que precisamos é de uma constante auto-examinação à luz das Escrituras para que possamos corrigir erros, ajustar detalhes, sem abandonar nossa herança, nem jogar fora o que já alcançamos.

Por exemplo. Antes da reforma o púlpito era pobre. A reforma foi um reavivamento do púlpito, da pregação. Mas muitos protestantes acabaram jogando fora junto com as coisas ruins que realmente deveriam ser jogadas fora, algumas coisas que não eram más em si mesmas, como por exemplo, todo o restante do culto cristão. Não foram os reformadores que abandonaram a liturgia, mas movimentos posteriores dentro da igreja protestante, que para se distanciarem o quanto pudessem da igreja romana praticamente reduziram o culto ao púlpito, a pregação da Palavra. Orações, salmos, a confissão, os sacramentos, assumiram um valor secundário e inferior. Acabamos nos tornando racionalistas cristãos, confiamos na boa pregação, nos bons pregadores, no avanço intelectual da teologia, e abandonamos a confiança nos meios de graça que não dependem tanto do nosso esforço e capacidade, essas coisas simples e humildes, coisas que qualquer criança pode fazer, como comer e beber e cantar. Como eu disse, não creio que os reformadores como Lutero e Calvino agiram assim, mas movimentos dentro do mundo protestante que acabaram nos influenciando, até mesmo as nossas igrejas de origem reformada.

Hoje comemoramos o dia da reforma protestante. Mas não queremos estacionar no passado. Lutero, Calvino, a Assembleia de Westminster foram marcos na edificação e progresso da igreja, mas não foram a nossa glorificação ainda. Até lá ainda temos muito que avançar. Sem abrir mão da nossa herança, vamos continuar avançando no conhecimento de Deus e na prática da sua vontade. E ele promete trabalhar por nós quando descansarmos e confiarmos nele.

Não é sem motivo que o versículo 3 emenda o assunto das crianças. A santificação corporativa que Deus trabalha na igreja se dá ao longo das nossas gerações. Nossos filhos, através do batismo são recebidos na família de Deus, então são educados na admoestação do Senhor e alimentados à sua mesa, voam para o futuro como flechas que lançamos hoje. No futuro eles vão pousar no peito de algum inimigo. Figuradamente falando é claro.

Feliz o homem que tem muitas flechas. Pensem na igreja. O Senhor Jesus não será derrotado ao enfrentar seus inimigos a porta. A porta do Hades não prevalecerá. Almas serão arrancadas de lá. A chave da morte e do Hades pertence ao Senhor Jesus. Assim como nós, outros serão arrancados das trevas e trazidos para a luz. Enfrentaremos nosso inimigo à porta, cheios de flechas.

É Deus quem dá o crescimento. É Deus que edifica. É Deus que guarda. É Deus que nos dá filhos, naturais e espirituais. É Deus quem reforma a igreja. E o que a gente tem de fazer? (1) Confiar nele, não em nós mesmos. Então se Ele disse pra gente marchar sete vezes em volta da cidade e gritar e que assim a gente vai vencer uma guerra, então vamos confiar. Se Ele disser pra nos reunirmos no primeiro dia da semana, confessarmos os nossos pecados uns aos outros, cantar salmos, ouvir a Palavra, entregar o dízimo, comer com Ele, então vamos confiar. Nunca o povo de Deus venceu uma batalha porque eram os mais fortes e capacitados, mas porque confiaram e obedeceram ao Senhor. (2) Obedecer. A fé sem obras é morta. Não adiantaria se Abraão tivesse dito sim a Deus e não tivesse levado Isaque ao monte para o sacrificar. Não adianta dizermos que somos reformados, ou católicos, ou ortodoxos, ou qualquer coisa, se não obedecermos a vontade revelada de Deus. Deus deseja acima de tudo que o amemos. Nosso amor por Deus se expressa primeiramente no culto que prestamos a Ele. Depois nossa obediência, e só depois, se estende ao nosso próximo, aí entra toda a conduta cristã que é tão enfatizada nas nossas igrejas. Essa conduta flui do culto a Deus, da adoração. A segunda não vai existir sem a primeira. E finalmente (3) Olhar para o futuro. Com esperança é claro. Ninguém lança flechas esperando errar o alvo. Davi não lançou uma pedra esperando errar o alvo, mas confiou em Deus pois ele já decretou a derrota dos nossos inimigos. Se formos fiéis a Deus, crer e observar, confiar e obedecer, nossas flechas terão destino certo, nunca se apartarão do alvo. Essa é a promessa. Então otimismo, por favor.

Como a televisão mina sua capacidade de ouvir um sermão

Em seu livro, Between Two Worlds: The Art of Preaching in the Twentieth Century (“Entre Dois Mundos: A Arte de Pregar no Século Vinte”), John Stott faz alguns comentários sobre a televisão.

Ele cita alguns aspectos positivos da televisão como, por exemplo, o poder de compartilhar eventos e experiências entre pessoas, a possibilidade de viajar a lugares que de outra forma você não teria condições de visitar pessoalmente, a possibilidade de conhecer algumas maravilhas da natureza, assistir filmes, eventos culturais e esportivos, saber o que está acontecendo no mundo através dos noticiários, entre outras coisas. Tudo isso tem o seu lado positivo.

Mas a televisão pode também ter um efeito negativo sobre as pessoas. Como o assunto principal do livro é a pregação, John Stott enfatiza principalmente os efeitos da televisão sobre a habilidade do cristão de ouvir sermões. A televisão torna mais difícil a tarefa de ouvir atentamente e responsivamente a um sermão, e consequentemente torna mais difícil a tarefa do pregador de manter a atenção da congregação. O livro lista cinco efeitos que a televisão pode estar tendo sobre você e como ela mina sua capacidade de ouvir um sermão:

  1. A televisão pode estar te tornando fisicamente preguiçoso.

A televisão oferece entretenimento através de um simples apertar de botão. Então por que não relaxar na poltrona e praticar sua “devoção” na frente da telinha? Para que se incomodar se deslocando até a igreja? Pessoas condicionadas a assistir muita televisão são mais relutantes em sair de casa, e mais sensíveis a intromissões, se comparadas a outras pessoas menos condicionadas. A televisão inibe a participação pessoal e a comunhão entre as pessoas, a adoração sacramental e congregacional, sem falar de um testemunho e serviço ativos.

  1. A televisão pode estar te tornando intelectualmente apático.

É claro que existem exceções. Alguns programas são projetados para provocar nossas opiniões e o pensamento. Mas a verdade é que a maioria das pessoas liga a TV precisamente para serem entretidas, principalmente depois de um longo dia de trabalho, e não para participarem ativamente de alguma coisa, muito menos para pensar. Desta forma essa doença conhecida como “espectatoritis” continua se espalhando. As pessoas não conseguem mais ouvir sem olhar. A TV as oferece mais imagens do que argumentos. Cristãos não deveriam incentivar nada que enfraqueça as faculdades críticas das pessoas.

  1. A televisão pode estar te tornando emocionalmente insensível.

Em um sentido o oposto é verdade. A TV tem o efeito de trazer visualmente para as nossas casas e para as nossas consciências cenas que de outra forma nunca testemunharíamos. Os horrores da guerra, a privação da fome e da pobreza, a devastação de terremotos, enchentes e furacões, e a terrível condição de refugiados. Essas coisas nos são impostas (e deveriam mesmo) como nunca antes. Não deveríamos fechar nossos olhos para essas coisas. Mesmo assim o fazemos. E é compreensível. Pois há um limite de dor e sofrimento que nossas emoções podem suportar. Depois de um tempo quando o fardo está pesado demais para ser carregado, trocamos de canal ou desligamos a televisão, ou continuamos assistindo mas sem sentimentos, desligamos nossas emoções internamente. Acabamos nos tornando bons em “auto-defesa emocional”. Quando chegamos nesse ponto, apelos se tornam contraproducentes; não há sentimentos que nos restem para que respondamos; às vezes me questiono se estamos formando uma nova geração de pessoas endurecidas para o Evangelho, porque elas tem sido sujeitas não apenas a versões distorcidas do Evangelho, mas à imagens de TV que acabam por deteriorar para sempre seus mecanismos de reação emocional.

  1. A televisão pode estar te tornando psicologicamente confuso.

A televisão pertence ao mundo do artificial. A maioria dos programas que assistimos não são filmados na vida real, mas em estúdio. Mas até mesmo programas filmados fora do estúdio carecem de uma certa medida de autenticidade, porque depois da filmagem eles ainda são bastante editados (por exemplo, reportagens e documentários), e mesmo se o programa for ao vivo, ainda assim estamos participando por intermediação, como uma experiência de segunda mão.

Foi esse elemento de irrealidade na televisão que Malcolm Muggeridge enfatizou nas suas aulas sobre Cristianismo Contemporâneo em 1976, intituladas Cristo e a Mídia. Ele contrastou a fantasia da mídia com a realidade de Cristo. Malcolm expressou seu desejo pessoal de preferir a realidade de Cristo e de persuadir outros a se agarrarem a Cristo, como os marinheiros nos tempos antigos se agarravam ao mastro do navio em meio a uma tempestade. Esse contraste gera em minha mente algumas questões: Com que facilidade as pessoas conseguem se desligar de um mundo e se ligarem a outro? Será que elas percebem, quando ouvem a Palavra de Deus e o adoram, que através disso estão finalmente em contato com a realidade última? Ou será que elas, como eu temo, se movem de uma situação irreal para outra, como sonâmbulos em sonho, já que a televisão os introduziu a um mundo de fantasia do qual elas nunca conseguem escapar completamente?

  1. A televisão pode estar te tornando moralmente desorientado.

Com isso não quero dizer que telespectadores automaticamente imitam o comportamento sexual ou violento que assistem na TV. A desorientação moral que me refiro é mais sutil e insidiosa, não necessariamente instigação direta. O que acontece com todos nós, a menos que nosso poder de julgamento moral esteja sempre afinado e alerta, é que o nosso entendimento do que é “normal” começa a ser modificado. Sob a impressão de que “todo mundo faz isso”, e que ninguém hoje em dia acredita muito mais em Deus ou em absolutos, nossas defesas são reduzidas e imperceptivelmente os nossos valores alterados. Nós começamos a achar que violência física, promiscuidade sexual e consumismo extravagante são as normas aceitáveis da nossa sociedade, nessa época em que vivemos. Conseguiram nos enganar.

Conclusão

Então, preguiça física, apatia intelectual, exaustão emocional, confusão psicológica e desorientação moral: tudo isso é potencializado através de contínua exposição à televisão.

John Stott ainda oferece sugestões de como podemos lidar com esse problema, sem sermos essecivamente reacionários. Mas essa segunda parte vai ter que ficar para um outro dia.

Maridos: Uma dica que pode salvar seu casamento

https://igrejafamiliapaoevinho.files.wordpress.com/2015/10/10.jpgCom um título como esse, não temos espaço para muita introdução. Então deixe-me ir direto ao ponto. Aqui está a dica que pode salvar seu casamento: Arrume um segundo trabalho.

Pronto. É isso. Maridos, se você quer salvar ou fortalecer seu casamento, arrume um segundo trabalho.

Devo dizer de cara que não estou falando de um trabalho literal, que vai te manter fora de casa por mais horas. Pelo contrário, com isso quero dizer aos maridos que encarem o tempo que tem em casa com suas famílias, com a mesma consideração e engajamento que teriam em seu trabalho.

Muitos casamentos estão sofrendo porque o marido constantemente chega em casa física, mental e emocionalmente esgotado do seu dia de trabalho. Durante o dia ele fez bem como provedor do lar, mas agora vai chegar em casa e se desligar de tudo na poltrona ou em frente ao computador, ou inerte em algum outro processo de relaxamento, porque afinal de contas, foi um longo dia de trabalho. Ocasionalmente esse tipo de coisa pode até ser aceitável, mas se praticada regularmente causará sérios problemas.

Anos atrás, ao ter começado em um novo emprego, voltei para casa mental e emocionalmente drenado por vários dias seguidos. Ficar deitado no chão “descansando” se tornou um hábito. Um dia minha esposa passou por mim e disse, “Ei, nós não queremos os seus restos. Não dê aos outros o seu melhor para depois nos deixar apenas o que sobrou.”

Isso me atingiu como um carregamento de tijolos. Minha esposa e família estavam gratos por eu estar provendo as necessidades materiais da casa, mas eles não estavam satisfeitos com um mero provedor. Eles queriam um pai e um marido. Em outras palavras, tem mais no trabalho de ser um marido do que apenas ganhar dinheiro. Ele precisa estar engajado no lar com consideração e de forma intencional e contínua.

Esta é a razão porque a ilustração de ter um segundo trabalho serve tão bem. Como maridos precisamos voltar para casa pelo menos tão engajados quanto somos no nosso trabalho, senão mais. Maridos deveriam voltar para casa para em amor liderarem suas famílias. Eles precisam estar servindo suas esposas ouvindo, aprendendo, cuidando, e as pastoreando. Não conseguimos fazer isso quando estamos “nos recuperando” do trabalho ou tentando ter um pouco de “tempo particular”. O trabalho de um marido envolve consideração e intencionalidade. Precisamos entrar em campo e trabalhar.

Não seria exagero dizer que mais de 90% dos aconselhamentos matrimoniais que eu acompanhei como pastor, envolveu o marido estar de alguma forma dormindo no ponto. Ele foca em ser um provedor e negligencia ser um líder e pastor no lar. Acertar isso não irá resolver tudo, mas irá melhorar drasticamente um monte de coisas.

Então maridos, permitam-me os desafiar a voltarem do trabalho para casa como se estivessem indo para um segundo trabalho. Um trabalho que você ama em um lugar que você ama. Esteja ao lado de sua esposa para falar, ouvir, e aprender sobre ela. Brinque com as crianças. Ajude com alguma tarefa doméstica. Faça-os rir. Leia a Bíblia. Orem juntos. Joguem alguma coisa. Faça uma sobremesa. Concerte algo que está quebrado. Paquere sua esposa. Sente-se e converse. Seja o que for fazer, faça de coração e intencionalmente como se realmente estivesse ali, engajado com a sua família, não como alguém que está tentando se livrar dela.

Adaptado de TheGospelCoalition.org

A coisa mais importante que você pode fazer essa semana

church insideCremos, juntamente com o Breve Catecismo, que o fim principal do homem é glorificar a Deus e gozá-lo para sempre. Cremos que a forma mais sublime de glorificá-lo em vida é adorando-o como igreja no dia do Senhor. A adoração corporativa do povo de Deus é o evento mais importante do qual podemos fazer parte.

É lógico que existem outras formas de glorificar a Deus. O glorificamos quando mantemos comunhão com Ele em casa individualmente e como família, quando estudamos ou trabalhamos honestamente, quando fazemos as tarefas domésticas com alegria, quando educamos nossos filhos piedosamente, quando comemos e bebemos com gratidão, quando nos divertimos positivamente, quando compartilhamos nossa fé em amor, etc. Tudo vem do Senhor, e tudo é dele! Então tudo pode ser bom, e em tudo podemos exaltar o Seu nome.

Ainda assim Deus separou um dia, o abençoou e o santificou. O dia do Senhor é um dia separado dos outros, um dia à parte. Nos outros dias caminhamos com Deus e o servimos também, mas o domingo é especial. Como povo de Deus somos convocados à Sua presença semanalmente, para renovarmos nossa Aliança com Ele e Ele conosco. Fazemos isso em humildade e amor, preservando a unidade do Espírito e nos esforçando para que alcancemos unidade de fé.

O culto público é o ponto alto da semana, ou melhor, o culto público é o ponto alto de toda a nossa vida. Talvez você ache isso um exagero, mas pense comigo. Qual é o fim principal do homem? E qual é a missão da igreja? Você já parou para pensar que a evangelização do mundo não é um fim em si mesma? Nem mesmo a salvação das almas. Nem o descanso, o trabalho, ou até mesmo a família e os amigos. O propósito central de Deus é formar um único povo que o adore, ou seja, que o glorifique e se alegre nele para sempre. O fim principal do homem é a adoração. Em adoração cumprimos o propósito para o qual fomos criados. Em adoração encontramos alegria duradoura. A evangelização e a salvação das almas é um meio, um meio importante, para que o propósito maior da adoração a Deus seja alcançado. As demais coisas (descanso, trabalho, família, amigos, etc) podem ser bênção se dermos a elas o valor que merecem. Deus vem em primeiro lugar. Quando invertemos as coisas o que poderia ser bom pode se tornar a razão da nossa ruína.

Participar da adoração do povo de Deus é ter um gostinho da eternidade. É quando temos o privilégio de praticar hoje o que iremos praticar para sempre. Se você não tem um coração para o culto a Deus, o que te faz pensar que de fato almeja a eternidade com Ele? A reunião do povo de Deus no domingo é uma antecipação do que viveremos na eternidade. Almejar aquilo significa ter prazer nisto.

Quando falamos da centralidade da adoração é isso que queremos dizer. O fim principal do homem é glorificar a Deus e gozá-lo para sempre. Em vida o que mais se aproxima disso é a adoração corporativa do povo de Deus no dia do Senhor.